MAPA muda novamente as regras do jogo

No dia 30/12/2011 foi publicado no diário oficial da união as novas mudanças na regulamentação da qualidade e identidade do leite por meio da instrução normativa (IN) 62. A primeira tentativa de colocar regulamentação neste produto foi conhecida através da IN 51 na época vista com desconfiança por alguns e com otimismo por outros.

Com a IN 51 em campo o padrão do leite melhorou, mas não no ritmo esperado. O prazo dado para que os produtores se adequassem as novas exigências foi até Julho de 2011. Assim que o prazo venceu, veio a notícia de que este seria prorrogado visto que se a normativa fosse mantida, ela seria capaz de excluir cerca de 85% dos produtores de agricultura familiar do Brasil segundo o deputado Marcon (PT-RS). Segundo o IBGE, esta classe é responsável por 58% da produção do leite nacional.

A prorrogação da implantação da IN 51 foi de apenas seis meses, sendo que as adequações aos parâmetros de qualidade do leite inicialmente previstos pela normativa levavam seis anos para adaptação gradual da cadeia produtiva. A prorrogação foi motivo de alívio para parte dos produtores e de chateação por outra parte, o certo é que a maioria da cadeia produtora de leite já esperava outra prorrogação.

Com o fim do prazo de seis meses, foi constatado que a cadeia ainda não se adequou as novas normas e por isso houve outra prorrogação, mais elaborada e com maior duração. Abaixo estão disponibilizados os novos prazos para produtores de leite cru. O que resta saber é se todos os produtores têm realmente suporte (técnico e financeiro) e condições para chegarem a tais patamares ou se deveremos recuar e novamente prorrogar.

Tabela 1: Requisitos microbiológicos, físicos, químicos, de CCS, de resíduos químicos a serem avaliados pela Rede Brasileira de Laboratórios de Controle da Qualidade do Leite:

Índice medido (por propriedade rural ou por tanque comunitário).	A partir de 01.7. 2008 Até 31.12. 2011 Regiões: S / SE / CO	A partir de 01.01.2012 até 30.6.2014 Regiões: S / SE / CO	A partir de 01.7.2014 até 30.6.2016 Regiões: S / SE / CO	A partir de 01.7.2016 Regiões: S / SE / CO
UFC/mL (mínimo de 01 análise mensal, com média geométrica sobre período de 03 meses).	Máximo de 7,5 x 105	Máximo de 6,0 x 105	Máximo de 3,0 x 105	Máximo de 1,0 x 105
CCS, expressa em CS/mL (mínimo de 01 análise mensal, com média geométrica sobre período de 03 meses).	Máximo de 7,5 x 105	Máximo de 6,0 x 105	Máximo de 5,0 x 105	Máximo de 4,0 x 105

Por Vinícius M. Barbosa

VIII Grupo de Discussões

No dia 4 de outubro de 2010, foi realizado na Conavet um grupo de estudo que tinha como propósito levantar discussões sobre criação de bezerras (novas tendências) e de novilhas (aspectos importantes).

A criação de novilhas é de suma importância dentro de uma propriedade leiteira, visto que é a 2ª maior fonte de despesa dentro de um sistema de produção, perdendo só para a alimentação de vacas em lactação que tem um retorno de capital imediato (devido a produção de leite), já a criação de animais não, pois essa é uma fase improdutiva para o sistema.

Esse sistema visa a criação de excelentes vacas, mas essa não pode ser medida em termos de ganho médio diário ou eficiência alimentar, mas sim pelo potencial de produção de leite da novilha como vaca e o que determina isso é a quantidade de tecido secretor que o animal irá possuir.

Atualmente tem-se preconizado a redução da idade ao primeiro que é feita na pré puberdade e é nessa fase que os animais são mais sensíveis a super nutrição,ou seja,acúmulo de gordura no lugar de tecido secretor da glândula mamária.

Quando olhamos o cenário de criação de novilhas nos deparamos com 3 situações:

1)Novilha com idade ao primeiro parto avançada,que é uma fonte onerosa para fazenda;

2)Novilha ao primeiro parto com idade ideal mas com porte inadequado,ou seja, ela irá sacrificar a sua lactação para favorecer seu crescimento;

3)Novilhas com desenvolvimento e idade ao primeiro parto adequadas mas com dieta inadequada.

Uma recomendação geral para novilhas é que a primeira inseminação artificial ocorra com 55% do peso da raça adulto e o parto ocorra 82% do peso adulto.

            Quando se trata de nutrição de novilhas um ponte chave que não pode ser esquecido é o do crescimento alométrico da glândula mamária (GL), que é o período (3º mês ao 10 mês de vida da fêmea) onde ocorre um crescimento de até 3,5 vezes mais da GL do que o resto do corpo do animal,sendo propício para a deposição de gordura e consequentemente perda de espaço para tecido secretor.Nessa fase a nutrição deve  ter atenção redobrada para que isso não ocorra, pois é comum o fornecimento de dietas muito energéticas (a base de farelo milho) para os animais nessa fase,que tem ganhos médio diário acima de 900g o que é indesejado. Estudos mostram que a ganhos médios diário ideais são por volta de 650g, onde se tem a maior taxa de deposição de tecido parenquimal (tec. secretor).

Por José Aquiles de Oliveira

APROVADOS NO PROCESSO SELETIVO 2011

001  
008
009
012
019
022
028
061
064
073
075
078

PARABÉNS A TODOS!

I SIMPÓSIO DE PRODUÇÃO BOVINA DO TRIÂNGULO MINEIRO

Nos dias 10 e 11 de novembro 2011 aconteceu o I Simpósio de Produção Bovina do Triângulo Mineiro. Este foi organizado pela CONAVET em parceria com a Prefeitura de Uberlândia, a CALU e o Sindicato Rural de Uberlândia e patrocinado pela Sulinox. Cerca de 130 pessoas, entre produtores rurais, alunos e técnicos da área, compareceram ao evento e participaram massivamente esclarecendo suas dúvidas através que perguntas feitas aos palestrantes. Os temas abordados e seus respectivos palestrantes foram:

Pontos Críticos Observados na Qualidade do Leite - Cláudio Costa

Controle Estratégico da Mastite – Cláudio Costa;

Problemas Referentes à Gestação, Parto e Pós-parto em Bovinos – Cristiano Pereira Barbosa;

Qual a Vaca Ideal? – Tatiane A. Drummond Tetzner;

Criação e Saúde de Bezerros Leiteiros – Flávia Freire Franco;

Manejo de Novilhas de Reposição – Ricarda Maria dos Santos;

Bem-estar e Manejo Racional na Reprodução de Fêmeas Bovinas – Paola Moretti Rueda

Custo de Produção na Atividade Leiteira, Como Calcular e os Maiores Desafios – Francisco Luiz do Prado;

Pontos Vitais na Condução de um Sistema de Produção de Leite – Andressa Vaz Martins

            Doutora Ricarda Maria dos Santos, professora adjunta do curso de Medicina Veterinária da UFU e tutora da CONAVET, participou da equipe organizadora do evento. Dessa forma, ela orientou a equipe com o objetivo geral e específico de levar informações sobre a pecuária leiteira ao "homem do campo" e capacitá-los como empresários rurais.

Presença de destaque foi a da Secretária da Agricultura e Abastecimento de Uberlândia, Sra. Walkiria Borges Naves Loreno, a qual apoiou o projeto do evento desde o início enfatizando a importância de transmissão de conhecimento ao produtor rural seja na forma de cursos ou na forma de assistência técnica capacitada dando destaque aos serviços prestados pela CONAVET.

A cobertura do evento foi feita pela TV Bandeirantes e pela TV Universitária.

Os resultados do I Simpósio de Produção Bovina do Triângulo Mineiro foram positivos visto que as expectativas tanto da organização quanto dos participantes foram atendidas.

É gratificante saber que a CONAVET, além de contribuir para com o crescimento profissional de seus membros também colabora com a capacitação de uma sociedade inserida no complexo da produtividade leiteira.

Por Ana Cláudia Rosa

VII Grupo de Discussões

Na quinta-feira, dia 08/09/2011, foi apresentado no grupo de estudos o assunto sobre CARRAPATOS, onde os conavetianos CRISTÓVÃO E MATTHEUS apresentaram uma visão geral da importância do carrapato na produção bovina, tanto de carne quanto de leite, acarretando enormes perdas econômicas, gerando prejuízos aos criadores de gado. 

Além disto, foi falado sobre as principais doenças transmitidas pelo carrapato, BABESIOSE  E ANAPLASMOSE, que juntas são conhecidas como "TRISTEZA PARASITÁRIA BOVINA, uma das principais doenças que acomete os rebanhos de todo país.

Foram apresentadas formas de combate ao carrapatos e falou-se do tratamento curativo que é o mais utilizado pelos pecuaristas e também do tratamento preventivo que é o mais indicado, pois, neste caso, o produtor irá controlar a infestação de carrapatos em seu rebanho. 



Por Mattheus Vittor

VI Grupo de Discussões

Na quinta-feira, dia 18 de agosto, o Grupo de Discussões da CONAVET iniciou os estudos do semestre com uma Introdução à Bovinocultura de Corte feita por Ana Cláudia, Anaís e Vinícius.

Primeiramente Ana Cláudia destacou algumas curiosidades e conceitos a respeito do gado de corte como, por exemplo, o fato de o Brasil possuir o maior rebanho comercial do mundo.

Vinícius então falou sobre as raças de bovinos identificando sua origem, média de peso corporal, particularidades reprodutivas e produtivas, dando destaque àquelas destinadas ao corte. Falou também da área para a criação explicando um cálculo para dimensionamento de piquetes.

Ana Cláudia falou da cria de bezerros, incluindo a desmama, da recria de machos e novilhas, da engorda a pasto e em confinamento, apresentando inclusive, um exemplo de ração para confinamento. Explicou também aspectos reprodutivos como estação de monta, escolha do touro e descarte de animais do rebanho.

Por fim, Anaís destacou aspectos sanitários como principais doenças, cura de umbigo, tratamento contra ectoparasitos e vacinação.

O próximo Grupo de Discussões será dia 30 de agosto e o tema será controle de carrapatos em bovinos.

 

Por Ana Cláudia Rosa

INTERLEITE 2011

Nos dias 5, 6, 7 e 8 de julho a CONAVET participou da organização do INTERLEITE 2011 o qual foi o 11º Simpósio Internacional sobre Produção Competitiva de Leite realizado pela AgriPoint e pela MinkPoint no Center Convention Uberlândia.

Na noite do dia 5 de julho ocorreu o jantar dos TOP 100, na ocasião os 100 maiores produtores de leite do Brasil foram premiados pelo trabalho desenvolvido visto que eles têm grande importância no mercado leiteiro nacional e internacional e isto serviu como uma forma de incentivo para que continuem expandindo sua produção.

O INTERLEITE 2011, evento liderado por Marcelo Pereira de Carvalho, contou com a presença de diversos produtores do Brasil e de outros países como Estados Unidos, Nova Zelândia, Chile, Uruguai, Argentina e Holanda e com 915 participantes presentes.

Os produtores ministraram palestras, do dia 6 até a manhã do dia 8, sobre seu sistema de produção, gestão, desafios, superação, visão de futuro, entre outras áreas da produção leiteira, enfatizando as particularidades de cada fazenda, e aqueles que eram de outros países falaram também a respeito da economia e política de seus países frente ao mercado leiteiro.

Ao final de cada período havia os debates e a participação do público foi massiva com questionamentos, dúvidas e opiniões demostrando o enorme interesse em crescer nesta área.

As palestras foram traduzidas simultaneamente do Inglês/Espanhol para o Português e do Português para o Inglês.

No salão do Center Convention os patrocinadores montaram seus stands para divulgação de seus produtos.

A CONAVET montou um stand juntamente ao da prefeitura de Uberlândia onde apresentou seu sistema de Consultoria e Assistência Veterinária aos produtores e comerciantes que estavam no evento e recebeu elogios por ter desenvolvido um trabalho de forma organizada e profissional durante o INTERLEITE 2011.

 Parabéns à equipe da CONAVET, principalmente ao Thiago Henrique da Silva que coordenou a participação da empresa neste evento, e à equipe do INTERLEITE.

 

Por Ana Cláudia Rosa